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Thomas E. Woods Jr. (EUA – 1972-X). Obra: "Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental. Editora Quadrante. 8ª edição. São Paulo. 2014. 220p."

“É relativamente simples mostrar que a grande maioria dos cientistas, como Louis Pasteur, foi católica.” [pág. 89]

“Merecem ser mencionadas diversas figuras importantes do século XIII. Roger Bacon, um franciscano que lecionava em Oxford, foi admirado pelo seu trabalho no campo da matemática e da ótica, e é considerado um precursor do moderno método científico. [...] Santo Alberto Magno (1200-1280) foi educado em Pádua e depois ingressou na ordem dominicana. Lecionou em vários mosteiros antes de assumir uma cátedra na Universidade de Paris, em 1241, onde viria a ter entre os seus alunos ilustres ninguém menos do que São Tomás de Aquino. "Perito em todos os ramos da ciência", diz o Dictionary of Scientific Biographv, "foi um dos mais famosos precursores da ciência moderna na Idade Média". Canonizado pelo papa Pio XI em 1931, Pio XII nomeou-o, dez anos depois, patrono de todos os que cultivam as ciências naturais.” [pág. 90]

Roberto Grosseteste (1168-1253), que foi chanceler de Oxford e bispo de Lincoln, a maior diocese da Inglaterra, partilhou dessa enorme gama de interesses de estudo e de conquistas que caracterizou Roger Bacon e Santo Alberto Magno. Tinha sido influenciado pela escola de Chartres, particularmente por Thierry. Considerado um dos homens mais cultos da Idade Média, é conhecido como o primeiro homem a deixar por escrito o conjunto completo dos passos que se devem dar para realizar uma experiência científica. [...] Mas há outros nomes no campo da ciência que, apesar de nunca terem sido tirados da obscuridade, merecem ser mencionados. O pe. Nicolau Steno (1638-1686), por exemplo, um luterano que se converteu ao catolicismo e veio a tornar-se sacerdote, foi quem "estabeleceu a maior parte dos princípios da geologia moderna" e chegou a ser chamado o "pai da estratigrafia" (a ciência das estratos ou camadas da terra).” [pág. 91]

“Steno — escreveu o seu biógrafo mais recente — foi o primeiro a afirmar que a história do mundo podia ser reconstituída a partir das rochas, e assumiu pessoalmente a tarefa de deslindá-la.” [pág. 93]

“Em 1938, um grupo de admiradores dinamarqueses procurou o papa Pio XI para pedir-lhe que o declarasse santo. Cinqüenta anos mais tarde, o papa João Paulo II beatificou-o, louvando a sua santidade e a sua ciência. [...] Era na Companhia de Jesus, a sociedade sacerdotal fundada no século XVI por Inácio de Loyola, que se encontrava o maior número de sacerdotes católicos interessados nas ciências.” [pág. 94]

“O pe. Francesco Maria Grimaldi (1618-1663), seu assistente nessas pesquisas, também inscreveu o nome na história da ciência.” [pág. 98]

“Foi Grimaldi quem mediu a altitude de diversas montanhas lunares bem como a altura das nuvens terrenas; além disso, ele e Riccioli produziram um diagrama selenográfico (diagrama detalhado que representa a superfície lunar) notavelmente preciso, que hoje adorna a entrada do National Air and Space Museum, em Washington DC” [pág. 99]

“Um dos maiores cientistas jesuítas foi o pe. Rogério (Rudjer) Boscovich (1711-1787), a quem Sir Harold Hartley, membro da prestigiosa Royal Society no século passado, chamou “uma das maiores figuras intelectuais de todos os tempos" [...] Já nesse período inicial da carreira, prévio à sua ordenação como sacerdote (1744), foi notavelmente prolífico, tendo publicado oito dissertações científicas antes de ser indicado como professor, e mais catorze depois. Incluem-se entre elas As manchas solares (1736), O trânsito de Mercúrio (1737), A Aurora Boreal (1738), A aplicação do telescópio aos estudos astronômicos (1739), Os movimentos dos corpos celestes em um meio sem resistência (1740), Os diversos efeitos da gravidade em vários pontos da terra (1741) - que preparou o trabalho sobre geodésia que viria a fazer — e A aberração das estrelas fixas (1742).” [pág. 100]

“O pe. Athanasius Kircher (1602-1680) assemelhou-se ao pe. Boscovich pelo seu interesse por uma enorme gama de assuntos; foi comparado a Leonardo da Vinci e honrado com o títuIo de "mestre das cem artes". Os seus trabalhos em química ajudaram a desmascarar a alquimia, com que se haviam entretido perigosamente até cientistas como Isaac Newton e Robert Boyle, o pai da química moderna. Em 2003, um estudioso descreveu Kircher como "um gigante entre os mestres do sécuIo XVII" e "um dos últimos pensadores que puderam reivindicar, por direito próprio, o domínio de todos os saberes” [pág. 103]

“Foi denominado o verdadeiro fundador da egiptologia... Essa é a razão pela qual um egiptologista moderno concluiu que "é incontestável o mérito de Kircher: ele foi o primeiro a descobrir que os hieróglifos tinham valor fonético. Tanto do ponto de vista humanístico como intelectual, a egiptologia pode, verdadeiramente, orgulhar-se de tê-lo por fundador".” [pág. 104]

“Em 1908, o pe. Frederick Louis Odenbach (1857-1933) reparou que o extenso sistema de colégios e universidades jesuíticas espalhados por toda a América oferecia a possibilidade de criar uma rede de estações sismológicas.” [pág. 104]

“Mas o sismologista jesuíta mais conhecido, e efetivamente um dos cientistas mais elogiados de todos os tempos, foi o pe. James B. Macelwane (1833-1956), que, em 1925, reorganizou e revigorou o Jesuit Seismological Service, instalando a sua estação central na Universidade de Saint Louis.” [pág. 105]


Scott Hahn. Obra: "Razões para crer – Como entender, explicar e defender a Fé Católica. Ed. Cleófas. 1ª edição. 2015." (pág. 25)

“Tudo isso pode parecer estranho àqueles que creem, pois sabem, por experiência própria, que a fé é compatível com a liberdade (de fato, a fé é libertadora!), e também, compatível com a razão (aliás, alguns grandes cientistas foram religiosos). Prova disso, são as realizações de Nicolau Copérnico (padre) na Astronomia, Blaise Pascal (leigo apologista) na Matemática, Gregório Mendel (monge) na Genética, Louis Pasteur na Biologia. Essa é uma pequena lista que apresenta apenas católicos romanos, mas uma lista maior poderia se alongar por várias páginas. Aliás, uma lista que incluísse outros homens de fé (protestantes, judeus e ainda outros não convencionais), como Albert Einstein, Fred Hoyle e Paul Davies, poderia encher um livro.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.