Revista História em Foco - História das Religiões. Ano 5, nº 7, Fevereiro de 2017. Editora Alto Astral. Título da reportagem: “Cristianismo - A transformação da Páscoa”. “...Jesus celebrava a Páscoa de acordo com a tradição judaica, e o fato de sua suposta ressurreição ter acontecido nesse momento acabaria dando um novo significado à festa, muitos anos depois. Tudo porque, de acordo com três dos quatro evangelistas - Mateus, Marcos e Lucas -
Jesus teria ressuscitado no primeiro dia da semana seguinte à crucificação — no domingo da Páscoa judaica. Mas essa transição foi lenta e demorada, levaria um bom tempo até que o Cristianismo adotasse o costume e desse a ele essa nova roupagem. “A Páscoa, a celebração anual da ressurreição de Jesus, não se tornou logo uma data especial para todos os cristãos.
[...] A controvérsia acabou sendo resolvida ao lado de muitas outras no
Concílio de Nicéia, realizado no ano 325 por ordem de Constantino l, o primeiro imperador romano a se converter ao Cristianismo, a fim de resolver alguns impasses em relação à fé. Foi nesse concílio que a Páscoa cristã se desvinculou de vez da judaica, tanto em relação data como aos propósitos.
Na verdade, o Concílio apenas confirmava uma decisão do Papa Victor I (que governou a Igreja mais ou menos entre 189 e 198 ou 199) que após examinar a questão
havia fixado a Páscoa para o domingo seguinte ao 13º dia do plenilúnio de março.”