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Sagrada Escritura X Tradição X Magistério
       Interpretação das Escrituras

 A interpretação da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição é exclusiva do Magistério da Igreja

Concílio Ecumênico de Trento (anos 1545-1548/1551-1552/1562-1563) (Decreto sobre a Edição e Uso da Sagrada Escritura)

Decreta também com a finalidade de conter os ingênuos insolentes, que ninguém, confiando em sua própria sabedoria, se atreva a interpretar a Sagrada Escritura em coisas pertencentes à fé e aos costumes que visam a propagação da doutrina Cristã, violando a Sagrada Escritura para apoiar suas opiniões, contra o sentido que lhe foi dado pela Santa Amada Igreja Católica, à qual é de exclusividade determinar o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Letras; nem tampouco contra o unânime consentimento dos santos Padres, ainda que em nenhum tempo se venham dar ao conhecimento estas interpretações.

Concílio Vaticano II - Papa Paulo VI (1965)

Constituição Dei Verbum – Capítulo II Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição (8), foi confiado só ao magistério vivo da Igreja (9), cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo. Este magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado.
É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.
Constituição Dei Verbum – Capítulo III Mas, como a Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo espírito com que foi escrita (9), não menos atenção se deve dar, na investigação do reto sentido dos textos sagrados, ao contexto e à unidade de toda a Escritura, tendo em conta a Tradição viva de toda a Igreja e a analogia da fé. Cabe aos exegetas trabalhar, de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Escritura, para que, mercê deste estudo de algum modo preparatório, amadureça o juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura, está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a palavra de Deus (10).

Alex C. Jones Jr. (EUA – 1941-2017). Obra: "Não tem preço, Um pastor pentecostal e a esposa narram a sua conversão ao catolicismo. São Paulo. Ed. Quadrante. 2014. 251p." (pág. 134/135)

“Não era difícil para mim aceitar o papa. Na verdade, ele era um dos motivos da minha atração pelo catolicismo. Eu estudara a Igreja primitiva e entendia que ela acreditava no primado do bispo de Roma. A Igreja era, de fato, investida da autoridade para fazer o que fazia. Fazia perfeito sentido para mim. A Bíblia não podia ser uma autoridade por si só; podia apenas representar alguma autoridade nas mãos de quem possui a competência necessária para interpretá-la. Assim como a constituição dos Estados Unidos deve ser interpretada por um corpo de pessoas competentes, também a Bíblia sozinha não consegue ter autoridade: ela necessita da intervenção infalível de um corpo de intérpretes, que é a Igreja. Sem essa autoridade interpretativa, o real significado da Bíblia torna-se a mera opinião de cada um. É por isso que há mais de trinta mil denominações cristãs que proclamam ser a sua interpretação particular da Bíblia a verdade. Trinta e três mil igrejas declaram-se a si mesmas como a igreja, com o poder de fazer declarações absolutas a respeito da Bíblia. São Paulo escrevia a Timóteo que a Igreja (e não a Bíblia!) é "coluna e sustentáculo da verdade" (1 Tim 3, 15). Em janeiro de 1999, fui a um Rito de Aceitação na Paróquia Cristo Rei. Em meados de 1999, eu já sabia que a Igreja Católica era a Igreja de Jesus Cristo, a Igreja do Novo Testamento, dos apóstolos, dos mártires e dos santos: em suma, a Igreja da fé que evoluíra e se desenvolvera ao longo de mais de dois mil anos.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.