Irmã Maria Consolata Betrone (Itália, 1903-1943). Obra "O coração de Jesus ao mundo, do Padre Lorenzo Sales (Itália, 1889-1972). Ed. Paulinas. Portugal. 2003. 283p." (pág. 43) “Por isso, Jesus dizia-lhe (15 de Dezembro de 1935): «Olha, Consolata, as criaturas costumam medir a virtude de uma alma pelas graças que Eu lhe concedo; mas enganam-se porque
sou livre de agir como quiser. Por exemplo, terá sido a tua virtude que mereceu as grandes graças que te concedi? Pobre Consolata, não tens virtude, não tens méritos, não tens nada. Tiveste culpas, mas já não existem porque as esqueci para sempre. Então, porque a ti, precisamente a ti, tantas e tantas graças?
Porque sou livre de beneficiar quem quiser.
Os pequeninos são a minha fraqueza. Eis tudo!... E
ninguém pode acusar-me de injustiça, porque o Soberano é livre de beneficiar regiamente quem quiser». No dia 19 de Março de 1935, Jesus fazia uma grande revelação à Irmã Consolata sobre a santidade de São José. Admirada e comovida, a filha humilde perguntou-lhe: «Jesus, porque é que me dizes estas coisas— a mim que não posso fazer nada e as escondes às grandes personagens que poderiam fazer muito? E Jesus: "
Aos pequeninos Eu digo tudo!"». Além disso, Ele comprazia-se em predizer à Irmã Consolata muitas coisas relativas ao seu futuro apostolado, depois da morte. Um dia, confusa com tamanho favorecimento divino, ela dirigiu-lhe um doce lamento porque lhe parecia que Ele falava demasiado sobre o seu futuro. Jesus respondeu-lhe (12 de Dezembro de 1935): «Digo-te demasiadas coisas sobre o teu futuro? ... Digo-te tudo?... Tens razão; mas — que queres? — quando o meu Coração trasborda!... Ademais, tu és tão pequenina que te contentas com escrever (porque quero que escrevas tudo) e, portanto, posso dizer-te tudo.”