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Revista Scientific American, Ano 17, nº 118, Outubro de 2018. Nastari Editores.

“Por exemplo, os chimpanzés podem resolver problemas através de insight, consolar os outros em perigo e manter tradições sociais. No entanto, existe algo profundamente distinto acerca da linguagem, previsão, inteligência, cultura e moralidade humanas, e a capacidade de imaginar os pensamentos de outro indivíduo (geralmente falamos de calçar os sapatos de outra pessoa). E em cada um desses domínios, duas características subjacentes continuaram a ressurgir como tendo a capacidade de fazer a diferença crítica entre humanos e animais. Uma é o que chamo de "construção de cenário montado" que é nossa capacidade de imaginar situações alternativas, refletir sobre elas e incorporá-las em narrativas mais amplas de eventos relacionados. [...] Pense em criar cenários montados como um teatro interno, em que podemos trazer situações à vida. Como em uma peça de teatro, a construção de cenários depende de certos componentes que precisam se unir. Existe um "palco" para imaginar eventos que não estão realmente ocorrendo naquele momento. Esses eventos envolvem "atores" e seu "cenário": indivíduos e objetos que estão ligados em uma narrativa. [...] Até agora não existe evidência óbvia de outras espécies envolvidas em tal viagem mental no tempo nem na troca de planos para uma escapada coordenada do zoológico, quando as condições estiverem corretas no próximo verão. Com a construção de cenários montados e a necessidade de unir suas mentes, nossos ancestrais por fim geraram civilizações e tecnologias que mudaram a face da Terra. [...] Somos as únicas criaturas no planeta com tais habilidades.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.