Beata Anna Catharina Emmerich (Alemanha, 1774-1824). Obra: "Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus - As Meditações de Anna Catharina Emmerich. MIR Editora. São Paulo. 2015. 11ª Edição." (pág. 500/501) “Depois de interrogados vários presos, um após outro, foi Inês conduzida novamente ao juiz e assim por três vezes. Depois foi conduzida a um posto, subindo três degraus e onde a quiseram amarrar; ela, porém, não o permitiu. Em roda havia um montão de lenha, que foi acesa. Vi, porém, de novo, pairando sobre Inês uma figura, que derramou sobre ela uma torrente de luz, formando um escudo, pelo que as chamas da fogueira, desviando-se, se lançaram contra os carrascos, ferindo vários deles. Ela, porém, ficou ilesa. Os carrascos tiraram-na e levaram-na novamente ao juiz. Foi colocada sobre um cepo ou uma pedra; quiseram atar-lhe as mãos, mas não o quis; pousou-as no regaço. Vi uma figura resplandecente diante dela, segurando-lhe os braços. Então lhe pegou um dos carrascos no cabelo e decepou-lhe a cabeça, como tinham feito a Cecília; a cabeça pendia-lhe ainda num dos ombros. Lançaram-lhe o corpo, assim mesmo vestido, à fogueira. Vi durante o julgamento amigos da mártir, de longe e chorando. Parecia-me muitas vezes um milagre que tais amigos compassivos, que socorriam e consolavam os mártires, não fossem maltratados. O corpo e, creio, até o vestido, não se queimaram. Eu lhe tinha visto a alma sair do corpo, branca como a lua e subir ao céu. A execução teve lugar, se bem me lembro, antes do meio-dia e ainda durante o dia lhe tiraram os amigos o corpo da fogueira e sepultaram-no honrosamente.”