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Beata Anna Catharina Emmerich (Alemanha, 1774-1824). Obra: "Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus - As Meditações de Anna Catharina Emmerich. MIR Editora. São Paulo. 2015. 11ª Edição." (pág. 513/516)

“Foi encarcerada, açoitada com escorpiões e lançada às feras. [...] As feras, às quais foi lançada depois da flagelação, lambiam-lhe as feridas, que saravam de repente, por milagre, quando foi novamente levada ao cárcere. [...] Catarina foi então levada ao circo e colocada sobre um estrado, entre duas rodas largas, munidas de pontas de ferros cortantes, como relhas de arado. Quando quiseram fazer girar as rodas, foram quebradas pelos raios lançados no meio dos pagãos, dos quais cerca de trinta ficaram feridos ou mortos. Desencadeou-se uma violenta tempestade, com saraivada; ela, porém, ficou sentada tranquilamente, com os braços estendidos, entre os destroços das rodas. Conduziram-na novamente ao cárcere e por vários dias tentaram persuadi-la à idolatria. Alguns homens quiseram violá-la, mas Catarina repeliu-os com a mão e eles ficaram rígidos como estátuas e sem força para se mover. Outros se atiraram sobre ela, mas a donzela afastou-os, mostrando-lhes os que se tinham tornado como petrificados. Tomavam tudo por feitiçaria e Catarina foi de novo conduzida ao lugar do suplício. Ajoelhou-se diante de um cepo, volvendo a cabeça um pouco para o lado e assim foi degolada, com um ferro das rodas destruídas. Correu tanta quantidade de sangue, que todos se admiraram; esguichava com força e tornou-se finalmente claro como água. A cabeça caiu por terra. Atiraram o corpo sobre uma fogueira, mas as chamas arremessaram-se contra os carrascos; o corpo ficou envolto numa nuvem de fumaça. Tiraram-no então e lançaram-no a algumas feras esfomeadas, para que o despedaçassem. Mas estas não o tocaram e no dia seguinte os carrascos atiraram o corpo da santa virgem numa fossa cheia de excrementos, debaixo de sabugueiros. Na noite seguinte vi nesse lugar dois Anjos, em vestes sacerdotais, que envolveram o corpo resplandecente numa coberta de entrecasca e o levaram, voando. Os dois Anjos transportaram o corpo da virgem para o cume inacessível o monte Sinai. [...] O santo corpo ficou nesse lugar, durante vários séculos, inteiramente oculto, até que foi mostrado por Deus, numa visão, a um eremita, perto do monte Horeb. [...] Catarina tinha dezesseis anos, quando morreu mártir, no ano 299.”



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.