Revista eletrônica Guia Segredos da Bíblia, ano 2, nº 2, online Editora – 05/04/2018 "
A Descoberta do Dilúvio
Em 1928, o arqueólogo britânico Leonard Woolley, que havia dois anos escavava o sítio de Ur, importante cidade-estado suméria, no território do atual Iraque, descobriu as sepulturas reais da cidade, contendo tesouros arqueológicos e artísticos incalculáveis que permitiram reconstituir o que podia ter sido a civilização sumeriana. Em seguida, Leonard Woolley passou a escavar o terreno logo abaixo das tumbas reais, encontrando depósitos de aluviões e, sob estes, uma camada inferior à da cidade, cujos fragmentos de cerâmica descobertos eram bem anteriores à cerâmica de Ur. Woolley conclui que grupos humanos haviam existido no local, antes da Suméria e, provavelmente, haviam sido destruídos por alguns cataclismos que provocaram o espesso depósito de aluviões.
Woolley julgou haver encontrado indícios do dilúvio. O arqueólogo mandou cavar outro poço, um pouco mais distante, que revelou os mesmos depósitos. Então, abriu um terceiro poço, mais longe e numa elevação natural, onde não encontrou os depósitos de aluviões. Desse modo, Woolley concluiu que inundações catastróficas haviam feito submergir por completo aquela região. Mais sondagens foram realizadas para que se pudesse determinar a extensão da área que havia sido atingido pelo cataclismo. Com efeito, foram encontradas camadas do dilúvio na região de Ur, em Kish, em Uruk e, por último, em Nínive, datadas do quarto milênio aC. Desse modo, uma das interpretações que os estudiosos apresentaram para o dilúvio é que esse cataclismo foi uma série de inundações provocada por violentas cheias do Eufrates e do Tigre em épocas diferentes, por volta de 3200-3000 e de 2800-2700 aC. Segundo as pesquisas, as inundações afetaram todo o vale do Tigre e do Eufrates, pelo menos até Nínive.
Fato Concreto:
Com as descobertas de Leonard Woolley,
os pesquisadores concluíram que a história do dilúvio tem um fundamento real. Contudo, a catástrofe não afetou toda a Terra nem destruiu todo o gênero humano. Teve, provavelmente, proporções terríveis, com mortes e desaparecimentos de, talvez, cidades inteiras. O fenômeno impressionou de tal maneira os sobreviventes da região mesopotâmica que estes acreditaram que a humanidade tinha desaparecido."