Lawrence Joffe. Obra: "A História Épica do Povo Judeu. São Paulo. 2017. Editora M.Books do Brasil. 368p." (pág. 104) “Do século II a.C. em diante um novo tema surgiu no judaísmo. Chamado messianismo, foi inspirado dos escritos proféticos de Isaías, Elias e Ezequiel. E ganhou impulso político como uma reação ao helenismo. O messianismo articulou o sonho de dias futuros melhores. Seu personagem central era um messias "o ungido", um salvador oriundo da Casa Real de Davi. Segundo a crença, ele restauraria a soberania divina de Israel e prenunciaria uma era de ouro de paz universal em que Deus governa a terra. A ideia evoluiu gradualmente para dois messias — um que redimiria os judeus, seguido de outro para salvar toda a humanidade. O messianismo também prometia o retorno dos mortos no “fim dos tempos", quando uma batalha apocalíptica ente o bem e o mal seria seguida de um julgamento final. A crença revolucionou o pensamento judaico e confortou os judeus apreensivos com o mundo secular vicioso. Uma ideologia potencialmente perigosa, gerou muitos falsos messias ao longo dos 2 mil anos de exílio. Também influenciou a Cabala. Os cristãos vêm Jesus como seu prometido messias. Para os judeus, o messias ainda está por vir. Entretanto, ele virá, insistiu o sábio medieval Maimônides — "mesmo que tarde".”