Augusto Cury (Brasil, 1958-X). Obra: "O homem mais inteligente da história. Rio de Janeiro. Ed. Sextante. 2016. 265p." As pessoas desenhavam em seu psiquismo um super-herói inimaginável, um líder jamais visto, acompanhado de uma escolta triunfal, transportado numa carruagem coberta de ouro. Sua beleza deixaria em êxtase os olhos abatidos pela fome, numa época em que o império romano espoliava os celeiros de Israel.
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Queriam um libertador político, mas Jesus era o libertador dos cárceres psíquicos. Como o filme que frequentemente frustra o leitor de uma obra que já havia filmado em sua mente, o personagem de João
[o personagem anunciado por João Batista: Jesus] não correspondia às expectativas de seu imaginário. As mãos feridas por empunhar martelos, as cicatrizes das faces expostas aos raios solares por oras a fio eram chocantes. Mas, se lhe faltavam as características exteriores, transbordava ousadia e lucidez.
[pág. 153/154]