Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "O Livro de Azarias" (1946-1947) (Página 25 – 24/04/1946) Azarias
[o Anjo da Guarda de Maria Valtorta] diz:
[...] "
Contemplemos juntos nossa virtude de anjos. O que é que nos torna grandes? Nossa beleza? Nosso destino? Nossa origem? Não: nossa prontidão na obediência ao som das palavras de Deus, no lampejo de seu Santíssimo Pensamento, pois um lampejo de luz beatífica é o som que percebemos, não, de fato, a voz material de uma úvula. E nossa luz é acesa com alegria em aceitar aquele lampejo e mais aumentos no cumprimento de seu comando. Você sabe.
Se não obedecêssemos, nossa luz se apagaria, nossa beleza cessaria, nosso destino mudaria, e a origem seria nossa condenação, como foi para Lúcifer e os rebeldes. Nós, anjos do Senhor, não podemos nos orgulhar de nada, nem da beleza, do destino ou da origem, pois tudo nos vem do Deus Santo. Mas por causa das criaturas do Criador que são homens, podemos nos orgulhar através do serviço obediente ao Senhor.
O Primogênito dos homens alcançou a perfeição absoluta em ser obediente até a morte para fazer a Vontade do Senhor. Que méritos teríamos se, espirituais como somos, não exercêssemos virtudes? Caridade, humildade, obediência, verdade. Já que não podemos experimentar a luxúria carnal,
nem devemos ter fé e esperança – nós que vemos a Santíssima Realidade de Deus – e, superiores aos homens porque não somos oprimidos pela matéria, não temos necessidade de ser temperantes, fortes, justos e prudentes, pois a própria contemplação de Deus nos torna assim. Oh! Deus nos invade! Que bom é o Senhor, que se deixa contemplar e assim se infunde em seus espíritos! Mas Ele nos fornece uma maneira de oferecer-Lhe honras com caridade, humildade, obediência e verdade. “Abençoemos o Senhor! Abençoemos nós, anjos, e você, alma, o Senhor com todos nós!