Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "O Livro de Azarias" (1946-1947) (Página 303/304 – 12/01/1947) Azarias
[o Anjo da Guarda de Maria Valtorta] diz:
[...] "Deus, como Perfeição, não pode ser injusto.
Nós anjos não temos o peso da carne e o incitamento ao pecado; temos apenas que vigiar, então, para sermos humildes, obedientes e caridosos espiritualmente, para servir ao Senhor Altíssimo, nosso Criador, com perfeição. Vocês, homens, por outro lado, têm a dolorosa e gloriosa possibilidade de serem justos – isto é, de lutar contra os incitamentos da carne e contra as tentações e concupiscências de todo tipo. Essa luta contra o que é mau forma a sua justiça. Aquele que trabalha com justiça triunfando sobre as vozes e tendências tentadoras da criatura humana é, portanto, chamado de Justo. E o homem pode ser justo. Então, se Jesus era justo, Ele era um homem verdadeiro, exatamente como, se Ele nasceu de uma mulher, Ele era um homem verdadeiro. Pois o que é espiritual não precisa de um útero para se formar, e o que é fantasmagórico não precisa de um útero para assumir uma aparência. "
Nós anjos nos manifestamos com a encarnação que Deus nos dá para nos tornarmos perceptíveis aos seus sentidos embotados, quando é necessário fazê-lo, mas você vê que geralmente não é para os olhos localizados na cabeça que nos apresentamos, mas para a visão espiritual, e falamos para a sua audição espiritual, e que ambos, visão e audição, desfrutem disso com a vivacidade que os olhos e ouvidos materiais experimentariam, e ainda mais, enquanto o espírito vê e ouve , também se alegra com a paz que temos conosco.
Os santos que o Senhor Jesus envia quando é conveniente aparecem da mesma forma. E sempre a quem precisa ou merece. Mas o fazem sem a necessidade de renascer de um útero para se formar e aparecer. Jesus, por outro lado, como verdadeiro Homem, nasceu do ventre como qualquer outra pessoa nascida do homem e tornou-se justo por sua vontade de servir ao Senhor Altíssimo, como é justiça a todo homem.