Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "Notebooks 1945-1950" (Página 114 – 09/01/1946) [Maria Valtorta diz:] A voz incorpórea de meu conselheiro interno me despertou às quinze para as seis e me saudou assim: "Que o Senhor se manifeste cada vez mais ao seu espírito e a instrua"
[a voz espiritual é do Anjo da Guarda, como ela revela em 15/01/1946 - Notebooks/1945-1950]. Em seguida, ele esperou que eu saboreasse esta saudação e acordasse bem e disse: "Escreva". Sentei-me, pegando o caderno e a caneta. E ditou: “
Cada ação do homem tem sempre duas testemunhas, ainda que seja em segredo: os olhos de Deus e o anjo que todo homem tem por guardião. Mas existem ações de um tipo especial que requerem testemunhas também entre os homens. E são precisamente as ações que, pela sua extraordinária natureza, dificultam a sua aceitação como "simples".
Simples como tudo vem de Deus, que, na sua grandiosidade, é o Ser mais simples que existe, composto apenas de Si mesmo e realizando ações puras, retas e diretas: ações simples porque não estão contaminadas por segundas intenções ou desordenadas ou tortuosas. As ações extraordinárias e as da Graça são tão simples quanto a Origem de onde vêm. Mas a maioria dos homens, como punição por sua materialidade intencional, não pode mais compreender esta simplicidade sublime e negá-la ou zombar dela ou acusá-la de engano a fim de diminuí-la e, assim, diminuir Deus em suas manifestações de graça. “A presença de testemunhas tomadas entre os homens é, pois, exigida juntamente com um instrumento de Deus, por amor da prudência divina.