Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "Lições sobre a Carta de São Paulo aos Romanos" (1948-1950) (Página 32 – Lição n° 12 – 25/01/1948) O Espírito Santo diz:
[...] Observe que estou falando no presente, porque a Redenção por meio da “Vítima propiciatória pré-ordenada por Deus” é um presente eterno que tem seu início não na hora nona, não do grito em Belém, não das revelações dos profetas, não da promessa a Abraão, não da condenação no Éden, não do primeiro mandamento criativo “haja luz”, mas sempre foi, sempre, como Deus sempre foi, Uno e Trino, gerando o Filho de Sua Unidade perfeita, e o Paráclito que dos dois primeiros procede sem produzir uma divisão da Unidade e sem criar uma confusão de Pessoas através desta Unidade inalterada.
O Pensamento sempre está no eterno presente do Pensamento divino, que pensou, pré-ordenou e desejou a Vítima redentora. E esta palpitação infinita do Seu amor misericordioso, eternamente provida da Unidade pensante desde os dias do Universo ainda não criado e das criaturas deste Universo, perfeitas por sua origem, imperfeitas por sua própria vontade, geraram o Verbo, a Vítima.
Por isso é correto dizer que Deus é Amor e que toda obra de Deus é amor, desde a misteriosa e infinitamente admirável geração do Verbo e, portanto, também desde o ser do Paráclito, que é o infinito amor e o amor recíproco dos primeiros Dois , à semente que neste minuto, depois de milênios da Criação, lança sua semente fora do sulco para criar um dia, uma família de grãos, o futuro pão de homem.
Deus é infinitamente bom, amoroso, sábio e paciente. Por causa dessas perfeições infinitas dele, Ele queria o Redentor antes mesmo de existir o pecado, e por causa dessas perfeições dele, Ele foi capaz de “suportar os crimes anteriores dos homens a fim de tornar a justiça conhecida no momento certo e para que todos aqueles que, seja pela iluminação espiritual ou pelo conhecimento doutrinário crêem em Cristo Jesus”, pudessem ter a redenção.