Azarias ^{[o anjo da guarda de Maria Valtorta]} diz: ^[...] "Este é o Cristo que um mundo inteiro quis demolir durante vinte séculos e não conseguiu, que todas as heresias e quietismos quiseram alterar, que todas as adorações doentias ou imperfeitas tendiam a negar, acreditando que o estavam confessando e eram as únicas perfeitas e saudáveis. Este é o Cristo: Deus por natureza, Santo por vontade, Homem por nascimento. Este é o Cristo, o Ser perfeito em quem uma trindade de perfeições são reunidas. A perfeição de Deus, a perfeição do Homem, a perfeição da alma do Deus-Homem. Em Cristo, a Palavra, que é Deus, como o Pai. Em Cristo, o Homem; no Homem, a alma cheia de Graça – isto é, de Si mesmo novamente. Se Deus, sempre perfeito, poderia dizer que uma vez se superou, isso poderia ser dito ao contemplar a tríplice perfeição da Divindade, da Humanidade e da Graça reunida em Cristo, em quem está a superperfeição de tudo o que existe. Um Deus que gera de Si mesmo o seu Filho único e que um dia faz deste Filho um Homem, sem obrigar o Divino a fazer uso de uma vontade carnal para dar carne ao Infinito. Um Homem que pelo amor se forma como um diamante com o calor ígneo das profundezas. O amor à Divindade e o amor à Imaculada criatura que unem e, na fornalha da caridade, geram o Amor dos amores, o Redentor de toda a humanidade. E enquanto a Imaculada nutre o Primogênito em seu ventre inviolado, o Todo-Poderoso cria para Ele, no momento apropriado, a alma perfeita e imaculada que pôde descer para fundir-se oportunamente na Carne, concebida pela vontade do Espírito eterno e obediência das criaturas. E o Deus-Homem está no Tabernáculo vivo digno de hospedá-lo até o dia de seu nascimento.
Nota/comentário do site revelacaocatolica.com: Quando Azarias diz que "o Todo-Poderoso criou para Jesus, no momento apropriado, a alma perfeita e imaculada que pôde descer para fundir-se oportunamente na Carne, concebida pela vontade do Espírito eterno" ele se refere à natureza humana de Jesus e não à natureza divina, pois Jesus, como Deus, foi gerado desde a eternidade, não criado. De fato, na revelação de Maria Valtorta, muitas vezes os conceitos de Alma e Espírito se diferenciam. A Alma estaria mais ligada à natureza humana (dos sentidos e das emoções) enquanto o Espírito à parte mais elevada (espiritual/eterna).