Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "O Evangelho como me foi revelado" (1944-1950) (Vol. 7 – O terceiro ano da Vida Pública de Jesus – Cap. 456. Partida de Gamala e chegada a Aphek. Admoestação da viúva Sara e o milagre em sua casa – Página 87 – 13/07/1946) [Maria Valtorta comenta:] Jesus sorri fracamente, um sorriso cheio de simpatia. Mas Ele responde gentilmente
[à viúva que lamentava não ter um herdeiro]: «Tu és mais sábia no que diz respeito às coisas da Terra do que às do Céu, mulher. Você tome cuidado para garantir que suas árvores cresçam bem e que nenhuma clareira seja deixada em sua floresta. Você se aflige com o pensamento de que depois disso elas não serão mais cuidadas como são agora. Mas esses pensamentos não são muito sábios, ou melhor, são completamente tolos. Você acha que na próxima vida coisas pobres como árvores, frutas, dinheiro, casas terão algum valor? E que será angustiante vê-los negligenciados? Emende suas idéias, mulher. As idéias deste mundo não existem lá, em nenhum dos três reinos.
No Inferno, o ódio e a punição obscurecem as mentes de forma selvagem. No Purgatório, o desejo de expiação cancela todos os outros pensamentos. No Limbo, a expectativa feliz do justo não é profanada por nenhuma sensualidade. A Terra é remota, com suas misérias; em vez disso, esteja próxima de suas necessidades sobrenaturais, as necessidades das almas, não das necessidades das coisas.
Os mortos, que não estão condenados, voltam seus espíritos para a Terra apenas por amor sobrenatural, e dirigem suas orações a Deus em nome dos que estão na Terra, não por qualquer outro motivo. E quando os justos entrarem no Reino de Deus, o que esperar dessa prisão miserável, desse lugar de exílio chamado: Terra, o que será ela para uma alma que contempla a Deus? O quê, as coisas deixadas lá? Pode o dia olhar com pesar para uma lamparina fumegante, iluminada pelo sol? »
Nota/comentário do site revelacaocatolica.com:
Jesus fala no "Limbo" porque não tinha aberto ainda o Céu para os redimidos.