Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "O Evangelho como me foi revelado" (1944-1950) (Vol. 7 – O terceiro ano da Vida Pública de Jesus – Cap. 468. Um arrependimento de Judas Iscariotes e sobre os episódios que ilustram seu caráter – Página 141 – 23/09/1944) [Jesus diz:] Por que eu revelo a caráter de Judas? Muitos podem se perguntar o porquê. Eu respondo. A figura de Judas foi distorcida demais ao longo do tempo. E ultimamente foi completamente pervertida.
Algumas escolas o louvaram como se ele fosse o segundo e indispensável autor da Redenção. Muitos também pensam que ele sucumbiu a um ataque repentino e violento do Tentador. Não. Cada queda tem premissas no tempo. Quanto mais grave a queda, maiores foram os fatores antecedentes que explicam o fato.
Não se desmorona ou se levanta de repente, nem no Bem nem no Mal. Existem fatores longos e insidiosos nas descidas, e pacientes e santos nas subidas.
O infeliz drama de Judas pode ensiná-los tão bem como se salvar e como se familiarizar com o método de Deus e Sua misericórdia em salvar e perdoar aqueles que descem em direção ao Abismo. Não se chega ao delírio satânico em que se viu Judas se debater após o Crime, a menos que se esteja completamente corrompido pelos hábitos infernais, que assumiu voluptuosamente durante anos.
Quando alguém comete um crime motivado por um evento repentino, que perturba a mente, ele sofre, mas é capaz de expiação, porque algumas partes do coração ainda estão livres de veneno interno. Ao mundo que nega Satanás, porque o tem tanto em si mesmo que já não o nota, e que já o absorveu e se tornou parte do seu ego, eu provo que
Satanás existe. Ele é eterno e imutável no método empregado para fazer de você suas vítimas.