Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "O Livro de Azarias" (1946-1947) (Página 90/91 – 19/05/1946) St. Azarias
[o Anjo da Guarda de Maria Valtorta] diz:
[...] "Nosso Santíssimo Senhor Jesus, embora igual ao Pai, não experimentou uma mudança de coração para com os apóstolos. Embora soubesse muito bem quem era Judas, o inconstante por excelência, Jesus nunca mudou. Até as horas finais Ele tratou Judas como apóstolo e amigo. Na Ceia, ele o purificou junto com os outros e se comunicou a ele como fazia com os outros, e no Getsêmani continuou a saudá-lo como "amigo".
E, imaginemos, se Judas, em vez de se enforcar, tivesse corrido ao pé da Cruz, o Moribundo teria reunido forças para lhe dizer ainda: "Amigo, por que vieste? Para receber perdão? Aqui está – e completo. Vá e não peques mais. Ame-me e faça com que os outros me amem. "E Ele teria dito a Nossa Mãe [Nossa Senhora]:
"Mulher, aqui estão seus filhos", unindo o inocente ao deicida arrependido; nem a Santíssima Mulher, a maior Criatura depois de Deus, o teria rejeitado, pois Ela é a Santa, perdendo apenas para Deus em perfeição. O choro de Judas aos pés da cruz teria dado ao mundo a oração superperfeita de Jesus ao Pai em favor do pecador. Mas o mundo não merecia receber a medida exata do que é o amor misericordioso. E esta oração não foi proferida .... Mas Jesus, Deus, como o Pai, nunca mudou seu Coração ou seu Pensamento para com os seus eleitos. Não Ele, mas Judas mudou seu coração e seu pensamento e livremente prejudicou a si mesmo.