Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "O Evangelho como me foi revelado" (1944-1950) (Vol. 3 – Segundo ano da vida pública de Jesus – Cap. 223. Um discurso de Jesus impede uma caravana nupcial de ser atacado por salteadores – Página 218/219 – 19/07/1945) [Jesus diz:] Não diga: “Bem, quando eu morrer, é o fim de tudo”. Não. Esse é o começo.
A próxima vida não é um abismo sem pensamento e sem lembrança do passado que você viveu e sem desejar por Deus, como você pensa que é o período de expectativa da libertação pelo Redentor. A próxima vida é uma expectativa feliz para os justos,
uma expectativa paciente para os que expiam, uma expectativa terrível para os condenados. Os primeiros para o Limbo, os segundos para o Purgatório, os terceiros para o Inferno. E embora a expectativa acabe para os primeiros quando eles entrarem no Céu acompanhando o Redentor, serão consolados os segundos por uma esperança maior depois daquela hora, enquanto a terrível certeza da maldição eterna será confirmada para os terceiros.
Pensem nisso, pecadores. Nunca é tarde demais para se arrepender. Mude o veredito que está sendo escrito no Céu contra você, por meio do verdadeiro arrependimento. Não deixe que o Sheol [54] seja um inferno para você, mas uma expectativa expiadora, pelo menos isso, por sua própria vontade. Não deixe ser escuridão, mas crepúsculo, não tortura, mas saudade, não desespero, mas esperança.
NOTA DA EDITORA: [54] Sheol, palavra que pode ser encontrada em outros pontos da revelação de Maria Valtorta. Era o nome dado ao reino dos mortos (também conhecido como Hades, Limbo, o seio de Abraão) no qual o bom e o mau permaneciam, como todos estavam impedidos, antes da redenção, da visão de Deus. Estava dentro em qualquer caso, uma área de “espera” temporária.