Stephen Austin. Obra: "Uma Enciclopédia sobre a Extraordinária Obra de Maria Valtorta" (http://www.valtorta.org.au/Defence/Maria%20Valtorta%20Summa%20%26%20Encyclopedia.pdf, edição de junho/2017) (pág. 56, 59, 63) [pág. 49, 52:]O Padre e Beato Gabriel M. Allegra, OFM, foi um exegeta, teólogo e sacerdote missionário muito culto e renomado mundialmente na Ordem dos Frades Menores, que ingressou aos 16 anos. Depois de ser ordenado em 1930, partiu para China e se distinguiu como um exemplar missionário e homem de cultura. Como um São Jerônimo de nosso tempo,
ele foi o primeiro a traduzir toda a Bíblia para o chinês, e sua obra teve o apoio e o reconhecimento de sucessivos papas, de Pio XI a Paulo VI. Sua causa foi aberta em 1984, apenas oito anos após sua morte;
foi elevado a “Venerável” apenas 10 anos depois, em 1994, e o decreto de um milagre e sua beatificação foram aprovados pela Santa Sé em 2002. Ele foi finalmente beatificado em 29 de setembro de 2012, na Catedral de Arcireale, Catânia, na Sicília. Gabriel Allegra
é o único estudioso da Bíblia do século 20 que foi beatificado.
Ele foi um defensor de longa data de Maria Valtorta, e seus últimos anos foram gastos lendo, estudando, promovendo e defendendo o Evangelho de MV.
[...]O Beato Allegra também comenta a genialidade de Maria Valtorta na escrita, e o extraordinário conhecimento teológico e científico revelado na Obra, especialmente em sua superioridade nestas áreas em relação a outras obras de grande renome:
Comparação com outras obras
Quem começa a ler [o Evangelho de MV] com uma mente honesta e com compromisso, pode muito bem ver por si próprio a imensa distância que existe entre O Evangelho de MV e os Apócrifos do Novo Testamento, especialmente os Apócrifos da Infância e os Apócrifos da Assunção. E ele também pode notar a distância que existe entre esta obra e a da Venerável Catarina Emmerich, Maria de Ágreda, etc. Nos escritos destas duas últimas visionárias, é impossível não sentir a influência de terceiros, uma influência que me parece, pelo contrário, deve ser absolutamente excluída da obra de MV. Para estar convencido disso, basta fazer uma comparação entre a vasta e segura doutrina – teológica, bíblica, geográfica, histórica, topográfica – que povoa todas as páginas da Obra, e o mesmo material nas [outras] obras visionárias mencionadas acima. Não vou falar de obras literárias, porque não há nenhuma que cubra a vida de Jesus desde o nascimento até a Assunção de Nossa Senhora, ou pelo menos nenhuma que eu conheça. Mas mesmo que nos limitemos aos enredos básicos dos mais célebres, como: Ben Hur, O Manto, O Grande Pescador, O Cálice de Prata, A Lança ..., estes não poderiam ser comparados com o enredo natural e espontâneo brotando do contexto de acontecimentos e personagens de tantas pessoas – uma verdadeira multidão! – que forma a poderosa estrutura da Obra.
Repito: é um mundo trazido de volta à vida, e a escritora o governa como se possuísse o gênio de um Shakespeare ou de um Manzoni. Mas com as obras desses dois grandes homens, quantos estudos, quantas vigílias, quantas meditações foram necessárias! Maria Valtorta, pelo contrário, embora possuísse uma inteligência brilhante, uma memória tenaz e ativa, nem sequer concluiu o ensino secundário; durante anos e anos sofreu de várias enfermidades e ficou confinada à cama, tinha poucos livros – todos os quais estavam em duas estantes de sua prateleira – e não leu nenhum dos grandes comentários sobre a Bíblia que poderiam tê-la justificado ou explicado surpreendente cultura escriturística, mas apenas usou a versão comum da Bíblia do Pe. Tintori, OFM e ainda assim ela escreveu os dez volumes da Obra de 1943 a 1947, em quatro anos!
[pág. 62, 63:]
Prof. Leo A. Brodeur, M.A., Lèsl., Ph.D., H.Sc.D., escreveu:
[...]
Finalmente, do ponto de vista literário: Valtorta escreveu no calor do momento, sem planos preliminares, sem rascunhos. Ela escreveu rápido – mais de 10.000 páginas manuscritas em três anos – com grande consistência de pensamento e propósito, em um italiano magistral combinando as maiores conquistas do estilo florentino dos anos 1930. Poucos escritores ao longo da história da humanidade foram tão bons e prolíficos nesse curto período de tempo; talvez nenhum deles tenha escrito sem rascunhos. Ainda assim, ela estava acamada e sujeita a freqüentes crises fisiológicas e interrupções realistas por parte de seus parentes ou vizinhos. Como então ela poderia ter escrito tão bem, quando a maioria dos escritores anseia pela solidão para poder escrever?