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Referências: Pessoas, Autores e Obras
       Maria Valtorta
             Refutação das Críticas à Obra de Maria Valtorta

 Sobre a consumação da redenção por Nossa Senhora (Co-Redentora)

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CRÍTICA: Segundo Anselmo de la Cruz (26/10/215, https://www.traditioninaction.org/religious/e075_Valtorta-1.htm):
    Maria Valtorta afirma que Cristo revelou a ela que a Redenção não foi consumada por Ele, mas por Sua Mãe. (p. 600) Aqui está outra heresia porque, embora a Igreja veja Maria como a “Co-Redentora”, ela nunca ensinou que ela “realizou” a Redenção. Isso foi feito por Nosso Senhor na Cruz. Mas Valtorta diz que Jesus disse a ela: “Todos pensam que a Redenção terminou com o Meu último suspiro. Não, não foi. A Mãe acabou, acrescentando sua tripla tortura para redimir a tripla concupiscência”. Quanto à “tripla concupiscência” que, segundo Valtorta, Cristo diz que Maria sofreu e conquistou para consumar a Redenção, notamos que em toda a sua obra Valtorta afirma que tanto Nosso Senhor como Sua Mãe sofreram “Terríveis tentações carnais” durante suas vidas, as quais eles tiveram de lutar muito para superar.
Nota/comentário do site revelacaocatolica.com: Na revelação de Maria Valtorta, Maria é considerada a Nova Eva. Então, faz todo sentido chamar Maria de Co-Redentora, pois se a primeira Eva corrompeu o primeiro Adão, a segunda Eva (Maria) contribuiu junto com o Novo Adão (Jesus) para a Redenção da humanidade. Não há dúvida de que se Deus quisesse, ele teria redimido a humanidade sozinho, sem nem precisar encarnar-se no ventre da Virgem Maria. Entretanto, Ele quis contar com a colaboração da própria humanidade a fim de valorizar as suas criaturas. Por isso, ele escolheu Maria, a Sua criatura mais perfeita e mais amada, para ser a Co-Redentora da raça humana. O título de Co-Redentora de Maria é defendido por vários Teólogos e Doutores da Igreja, embora não tenha sido estabelecido como um dogma da Igreja. A título de exemplo, vejamos o que dizem as informações publicadas nos sites abaixo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Corredentora:
    Co-Redentora (em latim: Co-Redemptrix) na mariologia da Igreja Católica se refere ao papel da Virgem Maria no processo de redenção e salvação. É um conceito distinto de Medianeira. O conceito de Co-Redentora remete para uma participação indireta, mas importante da Bem-aventurada Virgem Maria na redenção, pois Maria deu à luz o Redentor (Jesus Cristo), que é o responsável por toda a redenção e salvação, assim ela foi mediadora de redenção. Os católicos creem que Cristo é o único Redentor da humanidade (1 Tim 2,5), sendo que a própria Maria teve de ser redimida e resgatada por Jesus Cristo (embora ela tenha sido redimida no instante da sua concepção). [...] O conceito de Co-Redentora não é um dogma, embora petições para declará-lo (juntamente com Medianeira) dogmaticamente, tenham sido submetidos ao Papa por vários cardeais e bispos, para que esta crença possa tornar-se o quinto dogma mariano aprovado pela Santa Sé.
https://padrepauloricardo.org/blog/o-que-significa-dizer-que-maria-e-corredentora-e-medianeira-de-todas-as-gracas:
    "Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo" [3]: com essas palavras, São Luís Maria Grignon de Montfort resume todo o fundamento da doutrina católica acerca da participação da Mãe de Deus na redenção da humanidade. Como em Deus não há movimento nem mudança, a sua vontade permanece sempre a mesma para todos os efeitos [4]. Ora, Ele escolheu livremente ter uma mãe segundo a carne humana e manter-se submisso aos seus cuidados durante a maior parte de sua vida terrena. Não é difícil concluir, portanto, que essa maternidade divina continua no Céu. A própria Sagrada Escritura nos confirma isso em inúmeras passagens, em especial, nos relatos de São João sobre as últimas palavras de Cristo pregado à cruz: Maria é dada como mãe para toda a humanidade (cf. Jo 19, 25-27; Gn 3, 15; Ap 12, 1-18). E é por meio da cooperação dessa mesma Mãe que nos devem chegar todas as graças da salvação, ou seja, o próprio Jesus Cristo. Santos de todas as épocas dão crédito a essa doutrina. Falando sobre a cooperação de Nossa Senhora na obra da Redenção, Santo Irineu disse: "Obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação para si e para todo o gênero humano" [5]. A Virgem Santíssima completou na própria carne as dores que faltaram à Cruz de Cristo. Algo semelhante escreveu um discípulo de Santo Anselmo: "Deus é Senhor de todas as coisas, constituindo cada uma delas na sua própria natureza pela voz do seu poder, e Maria é Senhora de todas as coisas, reconstituindo-as na sua dignidade primitiva pela graça, que lhes mereceu" [6]. E para que não reste qualquer dúvida dessa cooperação de Maria, citemos a profecia de Simeão acerca da espada de dor com a qual Ela seria ferida (cf. Lc 2, 35). A Virgem Santíssima completou na própria carne as dores que faltaram à Cruz de Cristo, segundo o ensinamento de São Paulo (cf. Col 1, 24). No último século, o Magistério ordinário da Igreja também falou repetidas vezes sobre o mesmo assunto. Os Padres do Concílio Ecumênico Vaticano II, reunidos na Basílica de São Pedro. Leão XIII, por exemplo, redigiu 13 encíclicas para ressaltar o valor da oração do Rosário. É de sua pena esta belíssima prece, na qual o grande pontífice pede que a Virgem "restitua a tranquilidade da paz aos espíritos angustiados; apresse enfim, na vida privada como na vida pública, o retorno a Jesus Cristo": "Que, no seu poder, a Virgem Mãe, que outrora cooperou por seu amor no nascimento dos fiéis na Igreja, seja ainda agora o instrumento e a guardiã da nossa salvação" [7]. Não nos esqueçamos ainda das piedosas exortações de Pio XII. O Papa que, conforme contam algumas testemunhas, teria visto o milagre do sol nos jardins do Vaticano, ensinava: "Se Maria, na obra da salvação espiritual, foi associada por vontade de Deus a Jesus Cristo, princípio de salvação, pode-se dizer igualmente que esta gloriosíssima Senhora foi escolhida para Mãe de Cristo "para lhe ser associada na redenção do gênero humano"" [8]. Palavras semelhantes são encontradas também nas cartas de Pio X, Bento XV, Pio XI, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II. Com tantos papas escrevendo sobre esse assunto, já não se pode dizer ingenuamente que a "mediação universal" de Maria e o seu papel como "Co-Redentora" sejam meras "opiniões piedosas". Embora a Igreja ainda não tenha se manifestado solenemente a esse respeito, por meio de uma declaração ex cathedra, a sua notável presença nos documentos comuns dos Santos Padres leva-nos àquela obediência da fé, que também se aplica ao que propõe o Magistério ordinário e universal, isto é, "o ensino comum e universal de uma determinada doutrina pelo papa e por todos os bispos espalhados pelo mundo" [9].



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.