Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "Lições sobre a Carta de São Paulo aos Romanos" (1948-1950) (Página 66/67 – Lição n° 24 – 29/05 a 03/06/1948) O Espírito Santo diz:
[...] Alguém pode objetar: “Mas então somente aqueles que são santos no momento da morte terão glória? E os outros?
O Purgatório é talvez uma prisão menos dolorosa, mas sempre restritiva, que separa as almas de Deus? Não estão purgando almas também predestinadas ao Céu?”
As almas estão. Um dia chegará, e será o dia do Juízo Final, em que o Purgatório não existirá mais e seus habitantes passarão para o Reino de Deus. E também o Limbo não existirá mais, porque o Redentor é o mesmo para todos os homens que seguem a justiça para honrar a Deus em quem crêem e para tender para Ele, assim como o conhecem, com todas as suas forças. Ainda há muito exílio, entretanto, para essas pessoas depois de sua vida na Terra! [O Limbo é o local dos não católicos]E quanto exílio para aqueles que limitam o seu amor e trabalham ao mínimo suficiente para não os fazer morrer na desgraça de Deus que se intitulam como Católicos! [Jesus se refere aos maus católicos]Quanta diferença entre esses salvos, mais do que pelos seus próprios méritos, pelos infinitos méritos do Salvador, pela intercessão de Maria, pelos tesouros da Comunhão dos Santos e pelas orações e sacrifícios dos justos, e aqueles que desejaram a glória não por egoísmo, mas por amor a Deus!
Quanta diferença entre os primeiros, que com muito esforço e muitos descansos de cansaço, murmúrios de descontentamento e também de desânimo nos caminhos do egoísmo, arrastam seu amor tão limitado como uma corrente e peso, e os segundos, verdadeiros amantes de Deus e imitadores de Jesus Cristo, que “amam como Jesus amou” dando também a sua vida, e que abraçam sempre cada cruz, pedindo antes a cruz como dádiva das dádivas para salvar a alma do próximo, almas-anfitriãs que sempre apareceram para o conhecimento divino como “amigos de Jesus” porque farão o que Ele os manda fazer!