Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "Notebooks 1944" (Página 115/116 – 20/02/1944) Jesus diz:
[...]"Meus órgãos não estavam isentos de sofrimento. Nenhum deles. Asfixiando e tossindo para meus pulmões, machucados pela flagelação bárbara e edemaciados por minha posição na cruz. Falta de ar e dor em meu coração deslocado, enfermo pela flagelação cruel, a dor moral que o precedeu, o cansaço de subir sob o peso da madeira, e a anemia resultante de todo o sangue que já tinha derramado. Fígado congestionado, baço congestionado, e rins machucados e congestionados.
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Você viu [em referência à visão de Maria Valtorta] a coroa de hematomas em volta dos meus rins. Seus cientistas explicam a maneira pela qual o sangue, o suor cadavérico e um corpo tenso, ao se misturarem aos aromas, conseguiram produzir aquela pintura natural do meu corpo torturado e sem vida – para oferecer prova da incredulidade de muitos em relação à prova do meu sofrimento que é o Sudário de Turim.
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Seria melhor acreditar sem a necessidade de tantas provas para poder acreditar. Seria melhor dizer, "Esta é a obra de Deus" e bendito seja Deus, que lhes concedeu a posse da prova irrefutável da minha crucificação e das torturas que a precederam!"Mas como vocês não são mais capazes de acreditar, agora, com a simplicidade das crianças, mas precisam de provas científicas – pobre fé, a suas, que, sem o apoio e o aguilhão da ciência, não consegue, se levantar e andar –
saiba que as feridas violentas nos meus rins foram o agente químico mais poderoso no milagre do Sudário de Turim. Meus rins, quase destruídos pelos flagelos, não conseguiam mais funcionar. Como os das pessoas queimadas em um incêndio, eles não foram capazes de filtrar e
a ureia se acumulou e se espalhou por meu sangue e meu corpo, causando os sofrimentos de intoxicação urêmica e o reagente transudando de meu cadáver que fixou a impressão no pano. Mas quem entre vocês é médico ou quem entre vocês está com uremia pode compreender os sofrimentos que Me devem ter causado as toxinas urêmicas, tão abundantes que deixam uma marca indelével.