Pedro Siqueira (Brasil – 1971-X). Obra: "Viagens Místicas: Minhas esperiências com anjos e santos em peregrinações pelo mundo. Ed. Sextante. 2021. Rio de Janeiro. 141p." (pág. 19/20) Não se sabe com exatidão quem criou o rosário ou quando isso ocorreu. Algumas fontes sugerem que sua origem remonta ao século IX, nos mosteiros e conventos católicos, onde os religiosos rezavam os 150 salmos. A partir daí, surgiu a prática dos 150 Pai-Nossos ou Ave-Marias.
Em 1365, fez-se uma combinação das orações, dividindo as 150 Ave-Marias em 15 dezenas e colocando um Pai-Nosso no início de cada uma delas. Por volta de 1500 foi estabelecido que, a cada dezena, seria meditado um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o rosário de quinze mistérios. A partir de então, a devoção passou a ser em três partes: mistérios gozosos (o nascimento e infância de Jesus), mistérios dolorosos (o sacrifício de Jesus na cruz) e mistérios gloriosos (a ressurreição de Jesus).
Cada grupo de mistérios equivalia a um terço do rosário.
Por isso, nós, brasileiros, o denominamos "terço".
Em 2002, o papa João Paulo II, por meio da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, recomendou a inserção de um quarto mistério no rosário: o luminoso, sobre o mistério de Jesus junto ao povo. Ainda assim, pelo hábito, continuamos a chamar de terço cada grupo de mistérios.