Maria Valtorta (Itália, 1897-1961). Obra: "Notebooks 1944" (pág. 27) [Maria Valtorta descreve uma visão:] Quanto mais tempo dura a visão, mais aumenta em mim a capacidade de perceber os menores detalhes e de ver cada vez mais longe.
De fato, depois de um tempo, vejo São José (no canto, onde fica o presépio). Ele não é tão alto, mais ou menos como Maria. Robustamente construído. Com cabelos grisalhos, cacheados e curtos, e uma barba bem recortada. Um nariz longo, fino e aquilino. Duas rugas cortam suas bochechas, começando nos cantos de seu nariz e descendo até desaparecer nas laterais se sua boca entrar em sua barba. Olhos escuros, muito bons. Neles, redescobri a aparência adorável de meu pai. O rosto todo é bom, pensativo sem estar triste, digno, mas muito, muito bom. Ele está vestindo uma túnica azul-púrpura escura como as pétalas de certas pervincas, e sua capa é da cor da pele de camelo. Jesus o aponta para mim, dizendo: "Aqui está o patrono de todos os justos."