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Padre Paulo Ricardo

No vídeo abaixo, o Padre Paulo Ricardo fala da ligação entre o purgatório e a santidade.Resumo do vídeo: O perdão dos pecados não confere santidade imediata, pois a santidade é um processo de transformação (de purificação pela "via purgativa") que possui duas fases: a inicial, que é predominantemente ascética, depende mais do nosso esforço próprio, da vontade, do querer (fase ativa de purificação); e a segunda, que é predominantemente mística, depende mais da ação divina (fase passiva de purificação). Após a morte, só existem dois destinos eternos: o Inferno (condenação) ou o Céu (salvação). Não existirá outra vida para se salvar como acreditam os espíritas (reencarnação). Quem for salvo, mas não conseguiu se santificar (purificar) ainda em vida, vai para o purgatório pois não está pronto para ver Deus face a face. Para os condenados, não adianta rezar por eles. A esmagadora maioria das pessoas passam pelo purgatório. Por isso, milhões de almas padecem nele. Isso faz parte da “engenharia da santidade”. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento atestam a existência do purgatório, assim como a tradição da Igreja (os Papas, os concílios ecumênicos e os santos que tiveram revelações e visões sobre o purgatório). A fé em rezar pelos mortos está presente na Igreja há 2.000 anos. Não foi, portanto, uma invenção posterior da Igreja. A expressão "purgatório" é que foi adotada a partir da Idade Média, mas a fé sempre foi a mesma. Até a Igreja Ortodoxa Oriental reza pelos mortos. Podemos oferecer nossas orações aos mortos, o sacrifício da missa e as indulgências. Não obstante, em 1517, Lutero (o pai do protestantismo), pregou suas teses contra a Igreja Católica e, dentre elas, questionou a santidade humana, o purgatório, as indulgências, a eficácia das obras, o santo sacrifício da missa. Para ele, o homem não pode oferecer nada a Deus (muito menos em benefício dos mortos). Os protestantes acreditam que nascemos, vivemos, morremos e entramos no Céu com nossos pecados. Basta a fé para nos justificar perante Deus. Muitos católicos também deixaram de crer no purgatório e não rezam pelos mortos, o que é falta de caridade.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.