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Bíblia Ave Maria (NT) (João 19:25-27)

25 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho”.
27 Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”
. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu como sua mãe.
    Bíblia Ave Maria (NT) (Apocalipse 11:19;12:1-17,n1,n9,n14,n17)

    11:
    19 Abriu-se o Templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva.

    12:
    1 Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.*
      [Nota: 12,1. Uma mulher: essa mãe mística é a cidade de Deus, a Jerusalém celeste. A sinagoga, em sua madureza espiritual, dá à luz a Cristo e em seguida a Igreja dá à luz os cristãos. Os seus traços adaptam-se também a nossa Senhora, à Virgem Maria: nas dores de sua “compaixão” ela dá à luz os irmãos de Jesus que formam, unidos com ele, Cristo total.]
    2 Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.
    3 Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.*
    4 Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.
    5 Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.
    6 A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias.*
    7 Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate,*
    8 mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles.
    9 Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos.*
      [Nota: 12,9. A Serpente: a mesma do Gênese que seduziu Eva no paraíso terrestre.]
    10 Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: “Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus.
    11 Mas estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloquente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte.
    12 Por isso alegrai-vos, ó céus, e todos que aí habitais. Mas, ó terra e mar, cuidado! Porque o Demônio desceu para vós, cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta”.
    13 O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino.
    14 Mas à Mulher foram dadas duas asas de grande águia, a fim de voar para o deserto, para o lugar de seu retiro, onde é alimentada por um tempo, dois tempos e a metade de um tempo, fora do alcance da cabeça da Serpente.*
      [Nota: 12,14. Um tempo: os três anos e meio do v. 6.]
    15 A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água, para fazê-la submergir.
    16 A terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara.
    17 Este, então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.*
      [Nota: 12,17. A sua descendência: os irmãos de Jesus, todos os cristãos.]

Mons. Jonas Abib (Brasil – ano 1936-2022) - Obra: "Maria: A Mulher do Gênesis ao Apocalipse" - Ed. Canção Nova. 19ª edição. 2011. São Paulo. 158p. (Pág. 97/99)

No seu maravilhoso plano, o Pai quis ter uma multidão de filhos, entre os quais Jesus fosse o primogênito. Quando projetou esse plano, precisava que Jesus e os demais filhos tivessem uma mãe. Para que Jesus fosse o primogênito de todas as criaturas, era preciso que sua Mãe fosse também a Mãe de todos os outros irmãos. No pensamento de Deus, a primeira criatura projetada foi a escolhida para ser a Mãe de seu Filho. Jesus não é criatura, não foi criado, mas sim gerado: Ele é Deus como o Pai. E a primeira de todas as criaturas é Maria. Foi no alto do Calvário que Jesus assinou, não com tinta, mas com seu sangue, aquela escritura na qual declarava que Maria era nossa Mãe. São João testemunha esse fato: "Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, eis o teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!" A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu" (Jo 19,26-27). Jesus realizava uma questão jurídica. No Calvário, Ele assinava com seu sangue derramado naquele momento e promulgava com a sua Palavra, do alto da cruz: "Mulher, eis teu filho! Eis a tua mãe!" [...] Preste atenção: para ser a minha Mãe desde toda a eternidade, Maria já tinha sido escolhida pelo Pai. Mãe de Jesus, minha Mãe e Mãe de todos os meus irmãos, para que Ele fosse o primogênito de todas as criaturas.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.