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Stephem C. Meyer (EUA – ano 1958-?) - Obra: "A dúvida de Darwin - A origem explsiva da vida animal e a idéia do Design Inteligente", Rio de Jeneiro, Ed. Alta Cult, 2022, 496p. (Pág. 144/145, 226, 241, 245/246)

Mas isso significava que o equilíbrio pontuado, na medida em que depende de mutação e seleção natural, está sujeito aos mesmos problemas evidenciais e teóricos do neodarwinismo. E um desses problemas é que o mecanismo neodarwiniano não age rápido o suficiente para explicar o aparecimento explosivo de novas formas fósseis no período Cambriano. [...] Muitos críticos do equilíbrio pontuado notaram esse problema. Como escreveu Richard Dawkins em 1986: "O que eu quero principalmente que uma teoria da evolução faça é explicar mecanismos complexos e bem projetados como corações, mãos, olhos e ecolocalização. Ninguém, nem mesmo o mais fervoroso selecionista, pensa que a seleção de espécies pode fazer isso."31 Ou, como o paleontólogo Jeffrey Levinton argumentou em 1988: "É inconcebível como a seleção entre as espécies pode produzir a evolução de estruturas morfológicas detalhadas. A seleção de espécies não formou um olho."
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Embora os biólogos da época (como agora) não entendessem totalmente como a informação genética no DNA se correlaciona ou "mapeia" com essas estruturas morfológicas complexas de nível superior, em 1975 eles sabiam que muitas centenas de genes podem estar envolvidos na codificação de uma única estrutura complexa integrada. Assim, alterar a estrutura anatômica da orelha dos mamíferos ou do olho dos vertebrados, por exemplo, envolveria a alteração dos genes que codificam seus constituintes, o que implica que múltiplas mutações coordenadas ocorreriam praticamente de forma simultânea, o que é muito implausível.
Como Frazzetta explicou, "a alteração fenotípica de sistemas integrados requer uma improvável coincidência de modificações genéticas (e, portanto, fenotípicas hereditárias) de um tipo extremamente específico". No entanto, a extrema especificidade do ajuste dos componentes e a dependência funcional de todo o sistema em relação a esse ajuste implicam limites para a possível mudança genética. A mudança genética que afete qualquer um dos componentes necessários, a menos que combinada com muitas mudanças genéticas correspondentes e amplamente improváveis, resultará em perda funcional e, muitas vezes, morte.
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Ao tentar refutar Behe, Durrett e Schmidt acidentalmente confirmaram sua tese principal. Como eles reconheceram, seu cálculo implica que a geração de duas ou mais mutações coordenadas é "muito improvável de ocorrer em uma escala de tempo razoável". Em suma, cálculos realizados por críticos e defensores da evolução neodarwiniana agora reforçam a mesma conclusão: se mutações coordenadas são necessárias para gerar novos genes e proteínas, então a própria matemática neodarwiniana, expressa nos princípios da genética populacional, estabelece a implausibilidade do mecanismo neodarwiniano.
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Existe um outro aspecto disso. os trabalhos publicados entre 2004 e 2011 também fornecem confirmação adicional da pesquisa de Axe mostrando a raridade de genes e proteínas no espaço de sequência. Na verdade, essa pesquisa ajuda a explicar por que tempos de espera tão longos são necessários. Se as sequências funcionais são raras no espaço de sequência, é lógico que encontrá-las por meios puramente aleatórios e não direcionados levará muito tempo. Além disso, os tempos de espera aumentam exponencialmente com cada mutação adicional necessária. Assim, longos tempos de espera para a produção de novos genes e proteínas funcionais é exatamente o que deveríamos esperar se, de fato, genes e proteínas funcionais forem raros e se mutações coordenadas forem necessárias para produzi-los. Assim, os vários experimentos e cálculos realizados entre 2004 e 2011 confirmam indiretamente a conclusão anterior de Axe sobre a raridade de genes e Proteínas funcionais e fornecem mais evidências de que o mecanismo neodarwiniano não pode gerar as informações necessárias para construir novos genes, muito menos uma nova forma de Vida animal, no tempo disponível para o processo evolutivo.
A MATEMÁTICA E O MECANISMO
Há uma ironia conclusiva em tudo isso. Os pesquisadores que calculam os tempos de espera para o surgimento de adaptações complexas, em cada caso, o fizeram usando modelos baseados nos princípios fundamentais da genética populacional, a expressão matemática da teoria neodarwiniana. Portanto, na verdade, a própria matemática neodarwiniana está mostrando que o mecanismo neodarwiniano não pode construir adaptações complexas, incluindo os novos genes e proteínas ricos em informações que teriam sido necessários para construir os animais Cambrianos. Para adaptar uma metáfora que Tom Frazzetta possa apreciar, a cobra comeu sua própria cauda.



Obs.: As expressões no texto entre colchetes ou parêntesis destacadas na cor azul não fazem parte do original.