Blaise Pascal (França, ano 1623-1662) - Obra: "Coleção Os Pensadores: Pascal" - Ed. Nova Cultural, São Paulo, 1999, 285p. “Que é o homem dentro da natureza, afinal? Nada em relação ao infinito; tudo em relação ao nada; um ponto intermediário entre tudo e nada. Infinitamente incapaz de compreender os extremos; tanto o fim das coisas como seu princípio mantêm-se ocultos num segredo impenetrável, e é-lhe igualmente impossível ver o nada de onde saiu e o infinito que o envolve.
Que poderá fazer, portanto, senão perceber [alguma] aparência das coisas, num eterno desespero por não poder conhecer nem seu princípio nem seu fim? Todas as coisas saíram do nada e ao infinito foram conduzidas; quem seguirá esses assombrosos caminhos? O autor de tantas maravilhas conhece-as; e ninguém mais.”
[pág. 44/45]“Em suma, as coisas extremas são para nós como se não existissem, não estamos dentro de suas proporções: escapam-nos ou lhes escapamos.”
[pág. 46/47]